Deputados ruralistas querem “pagar” trabalhador com comida em vez de salário

Características de trabalho análogo à escravidão podem vir a ser legalizadas. Além da exclusão de pagamento em dinheiro, relativo ao trabalho realizado,  o projeto ainda define cargas de trabalho superiores a 12 horas diárias.

Descontar até 45% do salário com despesas de moradia e alimentação “dadas” pelo empregador (pro empregado não se ausentar do trabalho), possibilidade de descansos semanais serem dados somente uma vez por mês, acumulados, redes em lugar de camas nos alojamentos (ou até outra forma de se alojar, conforme “costumes locais”), estão entre as pérolas do PL.

E aí,  o que se vai ouvir na zona rural: “Vem cá, trabalhador: prepare esse roçado que eu te dou em troca um prato de feijão com arroz e farinha, e te deixo dormir num quartinho compartilhado”.

//m.congressoemfoco.uol.com.br/noticias/bancada-ruralista-quer-trocar-salario-de-trabalhador-rural-por-alimento-e-moradia/

“E aí, pra quê dinheiro? Trabalhador não precisa de educação,  lazer, e f* a sua saúde física, mental e espiritual!”, devem pensar os ruralistas e apoiadores.

Aqui o texto do PL em questão: //static.congressoemfoco.uol.com.br/2017/05/pl-nilson-leitao.pdf

 

 

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