O Brasil não está mais entre os 25 principais destinos de capital estrangeiro do mundo, segundo levantamento da consultoria A.T. Kearney.
É a primeira vez que isso acontece desde que a lista começou a ser publicada, em 1996. O país figurava entre os cinco destinos mais confiáveis entre 1998 e 2013.
“Entre 2017 e 2018, o impeachment de Dilma Rousseff, a Operação Lava Jato e a incerteza sobre as eleições presidenciais contribuíram para o declínio”, diz Mark Essle, sócio da A.T. Kearney no Brasil.
A queda no ranking foi gradativa. Em 2016, o Brasil ficava na 12ª posição. No ano seguinte, caiu para 16ª e, em 2018, perdeu mais nove posições, aparecendo em 25º lugar.
“Isso reforça a ideia de que viver apenas de commodities é perigoso”, analisa Essle no estudo.
A matéria-prima representa grande parte das exportações brasileiras, o que faz com que o país se beneficie quando os preços internacionais do produto sobem.
A agenda econômica do governo Bolsonaro é positiva, segundo destaca o estudo, à medida que “aponta para melhorias de competitividade, desburocratização e simplificação dos impostos”, mas precisa ser acelerada.
“É preciso caminhar já e a passos largos para voltarmos ao radar dos investidores até 2022”, alerta Essle.
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