
Presidente insinua que Celso de Mello poderia ser preso por divulgar vídeo. Ministro da Defesa diz que a “simples ilação” sobre a apreensão de celular de presidente é “afronta” à segurança nacional.
O roteiro se repete há semanas durante a pandemia de coronavírus: após dias atribulados, de alta tensão política e de declarações atravessadas à imprensa, o presidente Jair Bolsonaro se reúne com um grupo de apoiadores pelas ruas de Brasília.
Neste domingo, Bolsonaro deixou mais uma vez o Palácio do Planalto para caminhar próximo de seus fiéis eleitores ―como de costume, sem demonstrar qualquer receio quanto à contaminação pela covid-19, que já matou 22.666 pessoas no país e levou os EUA a proibirem entrada de passageiros vindos do Brasil. Antes do tour, o presidente voltou a cutucar um outro Poder da República.
O presidente publicou em seu perfil no Twitter um trecho da Lei de Abuso de Autoridade, por meio do qual insinua que o decano do Supremo Tribunal Federal, Celso de Mello, poderia ser preso por ter autorizado a divulgação quase na íntegra da famigerada reunião ministerial do dia 22 de abril, na qual, segundo o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, o chefe do Executivo teria lhe pressionado para trocar o comando da Polícia Federal.
Leia mais: