Motorista do Uber que buscou vínculo empregatício é condenado por má fé

Conforme o site juridico Migalhas, o JT-MG em sua decisão da última terça-feira, 30, o julgador  considerou a ausência de pessoalidade, onerosidade, não eventualidade e subordinação jurídica.

Discorrendo acerca das soluções tecnológicas da informação como realidades sociais, e citando vários outros aplicativos de serviços, como o iFood e o TáxiGov, o magistrado asseverou: “Não tenho dúvidas que o reclamado não é empregador aos moldes da CLT, mas uma real solução de tecnologia da informação.” O juiz também fez referência a decisões dos EUA.

Com relação à litigância de má-fé, o julgador ponderou: O reclamante pede horas extras por longas jornadas, pede diversos adicionais, narrando trabalhos noturnos, intervalos sempre menores que 1 hora e, quando entre as jornadas, menores que 11 horas, mas, depondo, confessa que ele próprio escolhia a hora que iria trabalhar, quando logaria na plataforma, quando desligaria, quanto tempo de intervalo faria, podendo, inclusive, parar para lanchar e assistir filme à tarde e encerrar o dia quando ele mesmo decidisse que já ganhou o bastante. Diz-se empregado do reclamado, mas confessa que nunca teve que prestar qualquer tipo de contas ao Uber.”

Assim, na conclusão do magistrado, embora estivesse plena e preliminarmente ciente das regras de negócio do Uber, “veio ao Judiciário trabalhista tentar a alteração de um contrato anteriormente firmado, e do qual a outra parte sempre agiu e observou a boa-fé contratual, denotando a lisura no seu trato com o reclamante, conforme ele mesmo confessou”.

A decisão se soma ao julgamento do TRT/MG, que na semana passada decidiu que os motoristas parceiros do Uber são autônomos.

Fonte: Migalhas

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