Regina Duarte é processada por “apologia a crimes de tortura”

Ex-secretária especial da Cultura, Regina Duarte virou alvo de um processo por apologia de crimes de tortura. A ação é movida por Lygia Jobim, filha do diplomata José Jobim, sequestrado e morto durante a ditadura militar. A denúncia envolve também o Ministério do Turismo, que abriga a secretaria. Conforme antecipado pela coluna de Ancelmo Gois, Lygia alega que a atriz relativizou crimes cometidos no regime, em entrevista à rede CNN Brasil em 7 de maio. Ela cobra uma indenização de R$ 70 mil. A ação civil tramita no Juízo Substituto da 23ª VF do Rio de Janeiro.

— Fiquei horrorizada com a forma como ela naturalizou a tortura — diz Lygia. —Não há liberdade de expressão que abarque a apologia a crimes. É um acinte a todos os que foram afetados pela violência.

A jornalista diz que entrou com o processo não apenas em nome de toda a sua família, mas “por essa grande família de afetados” pela ditadura. O diplomata e economista José Jobim desapareceu em 1979 após revelar que denunciaria o superfaturamento na construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu. Seu corpo foi encontrado dois dias depois, pendurado pelo pescoço em uma árvore pequena. Em 2018, o Estado reconheceu que Jobim havia sido torturado e morto pelo regime militar e que a hipótese de suicídio levantada na época havia sido forjada.

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